Participando da mesa de abertura do 62º Congresso Brasileiro de Enfermagem com o tema Enfermagem: Condições de trabalho para um fazer responsável a presidente do Coren-SC Denise Pires de Pires defendeu que o Brasil invista mais em saúde para elevar o Índice de Desenvolvimento Humano do País. A mesa de abertura foi coordenada pela presidente da ABEn-SC, Helga Bresciani, e teve como debatedora a professora enfermeira Maria Henriqueta Kruse, do Rio Grande do Sul.
Maria Henriqueita destacou a enfermagem como profissão que emergiu da modernidade, salientando o modelo operativo da profissão proposto por Florence Nightingale em meados do século XIX. Para a professora o modelo da pioneira da enfermagem baseou-se na percepção de que o fazer da enfermagem está ligado a um campo de conhecimento específico “um saber que assegura a independência profissional”.
O modelo desenvolvido a partir de Florence caracterizou a enfermagem como profissão moderna, suscitando a sua regulamentação e reconhecimento, bem como o desenvolvimento de códigos de ética e de diversos parâmetros profissionais.
A presidente do Coren-SC centrou sua participação em considerações sobre as condições de trabalho em enfermagem. Afirmou que é essencial que os enfermeiros defendam o Sistema Único de Saúde como modelo de saúde, mas com qualificação do serviço e implantação de um Plano de Cargos e Salários no SUS. Denise Pires destacou que a profissão vem se fortalecendo e qualificando nos últimos anos. Segundo ela em 2009 14% da força de trabalho em enfermagem era composta por enfermeiros, ao passo que em 1983 este número de 8,5%
Denise Pires avalia que há um déficit de mais de 620 mil profissionais de enfermagem no país.
