No dia 22 de maio a Semana de Enfermagem promovida pelo Coren/SC com apoio do Cofen chegou em Caçador. Mais de cem participantes estiveram no campus da Uniarp para ouvir palestras e compartilhar conhecimentos em oficinas práticas.
Na abertura do evento, a presidente do Coren/SC, Helga Regina Bresciani, junto com a conselheira Dayane Borille e a coordenadora do curso de Enfermagem da Uniarp, Rosemari Santos de Oliveira deram as boas vindas e destacaram a importância de estar ali trocando idéias e experiências em prol da valorização da Enfermagem.
Na primeira palestra, a presidente do Coren/SC fez uma abordagem dos desafios da liderança e como as(os) enfermeiras(os) devem se posicionar diante das equipes. “A qualidade do cuidado depende fundamentalmente da Enfermagem”, disse ela.
Ela apontou alguns dos desafios da profissão, como a necessidade de desenvolver novas abordagens de ensino e um amplo projeto de Educação Permanente que capacite os profissionais para qualificar o cuidado de Enfermagem, a introdução precoce na formação profissional o significado da Sistematização da Assistência de Enfermagem e das etapas do Processo de Enfermagem. Também destacou que é preciso integrar as diferentes categorias profissionais na implementação do Processo de Enfermagem, assim como criar uma rede de informações entre escolas e serviços que permitam a divulgação de experiências positivas
Exposição dialogada – Em seguida, os participantes puderam escolher entre duas opções, sendo uma delas uma exposição dialogada sobre o novo Código de Ética, com o enfermeiro fiscal Daniel Ghizoni, e outra com a presidente do Coren/SC sobre as prerrogativas dos responsáveis técnicos.
No início da tarde, o evento retomou as atividades com uma palestra do Juiz Titular da Vara do Trabalho de Caçador, Etelvino Baron. Para abordar o tema “Assédio Moral”, ele iniciou sua fala com a contextualização jurídica, explicando que este tipo de ocorrência ainda não é tipificado como crime dentro do Código Penal, mas há vários projetos na Câmara para que ocorra uma mudança. “O importante é deixar claro que a conduta perante a pessoa assediada pode induzir a um resultado que enseja o crime”, exemplificou, falando em indução ao suicídio, ou promovendo o constrangimento ilegal. “Por via transversa, pode ensejar crime,portanto a conduta do assediador pode se qualificar num outro tipo de crime”, disse.
Ele mostrou dados que colocam o Brasil na quarta posição em acidentes de trabalho e o primeiro em casos de transtornos de ansiedade. “Estes números servem para entender um pouco do contexto e das síndromes causadas pelo excesso de trabalho ou pelos ambientes que desestabilizam emocionalmente os profissionais, especialmente na área da saúde”, afirmou o Juiz. Ao conceituar o assédio moral, esclareceu que o mais comum é o vertical descendente, ou seja, o chefe em relação ao subalterno. Ele citou exemplos de processos que surgem na Vara do Trabalho, em especial das empresas que estabelecem metas aos empregados. “Aos profissionais cabe o direito de resistir, pois o o empregado aliena sua força de trabalho, seu tempo, mas jamais sua pessoa ou sua dignidade”, concluiu.
Na sequência foram oferecidas duas oficinas com temas diferentes. A Oficina d
e Dimensionamento foi ministrada pelas enfermeiras fiscais Ignês Balatka Weber e Laryssa Inouê. Além de tirarem dúvidas sobre a Resolução 543/2017 do Cofen que determina os números ideais de profissionais nas equipes de saúde, dependendo do tipo de instituição e complexidade do serviço realizado, elas formularam atividades práticas com os participantes divididos em equipes de três ou quatro pessoas. O outro grupo ficou com o enfermeiro fiscal Daniel para aprofundar os temas do novo Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. Os profissionais e estudantes avaliar
am estudos de caso sobre possíveis ocorrências dentro das unidades de saúde e apresentaram soluções. Em grupos, os participantes tiraram dúvidas, expuseram casos reais e receberam esclarecimentos sobre os novos artigos do Código.
