Criciúma sediou primeiro encontro “Desafios da Enfermagem em Atenção Primária” com a participação de cem profissionais

No primeiro encontro sobre “Desafios da Enfermagem em Atenção Primária” promovido pelo Coren/SC com apoio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), em Criciúma, no Sul do Estado, foi possível debater e trocar experiências sobre o papel dos profissionais de Enfermagem no dia a dia das unidades e nas equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF).

Estiveram presentes no campus da Unesc cerca de cem profissionais, em sua maioria enfermeiras(os) de várias cidades da região Carbonífera, de Laguna e do Extremo Sul.

Depois da abertura realizada pela presidente do Coren/SC, Helga Regina Bresciani, a gerente de Atenção Básica da SES, Carmen Delziovo, fez uma explanação sobre os principais

pontos críticos da rede de atendimento em saúde no Estado e nos municípios. “A Atenção Primária deveria ser  a porta de entrada dos atendimentos e a organizadora para os

encaminhamentos, mas ainda existem muitos entraves para conseguir alcançar este pleno funcionamento. Mas são os profissionais de Enfermagem, responsáveis por mais da

metade da formação das equipes, que ainda conseguem criar vínculos com os usuários e dar resolutividade”, disse ela. A conselheira do Coren/SC, Ioná Vieira Bez Birolo, coordenadora do curso de Enfermagem da Unesc, esteve presente e, como anfitriã, destacou a importância de rever as práticas e poder sugerir melhorias.

Na sequência, ainda pela manhã, uma mesa redonda debateu a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) com a participação da presidente do Coren/SC, da gerente de Atenção Básica da SES e do assessor do Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems), Willian Westphal. Eles detalharam a legislação atual, as portarias que vem alterando a atuação dos agentes comunitários de saúde e que compõem as equipes de ESF, além de apresentar situações que podem fortalecer o papel da Enfermagem, como os Protocolos desenvolvidos em parceria pelo Coren/SC e Prefeitura de Florianópolis e que está sendo implantado em vários municípios que pedem adesão.

“As ferramentas permitem dar respaldo aos profissionais nas rotinas das unidades e consequentemente valorizam a Enfermagem”, disse a presidente Helga Bresciani, que destacou ainda que é preciso avançar muito para que as pessoas deixem de ser pacientes e

passem a ser sujeito de sua própria saúde, um resultado ideal de um atendimento pró-ativo e não reativo, voltado à população e com atenção integral, não apenas dando ênfase nas ações curativas.

Grupos e propostas – Durante a tarde, os participantes dividiram-se em grupos para ampliar o debate e encaminhar propostas possíveis de serem implementadas para solucionar estes vários desafios. Voltando ao auditório, todos os grupos leram e defenderam suas ideias, que foram consolidadas e que farão parte depois de um documento único de todos os encontros para serem encaminhadas às Conferências de Saúde.