Dezembro Vermelho: mês de combate ao HIV/Aids

Permeada de muitos preconceitos como “doença dos gays” ou “doença dos depravados” o HIV/Aids estigmatizam por muito tempo pessoas diagnosticadas com o vírus ou a doença.

 

Com os primeiros casos descobertos na década de 70 e aqui no Brasil 80, o vírus foi chamado de a doença do 5H: homossexuais, hemofílicos, haitianos, heroinômanos (que usam heroína) e hookers (termo em inglês que se refere a prostitutas). Somente em 1985 começou-se a falar em “comportamentos de risco” em substituição ao termo “grupos de risco”.

 

Em 1991, iniciou-se a compra de medicamentos antirretrovirais para distribuição gratuita e, em 1993, o Brasil começou a produção do coquetel que trata a Aids (AZT). Somente em 1996 foi criada uma lei sobre o direito do doente de receber o medicamento gratuitamente, o que impulsionou a melhora da qualidade de vida dos milhares de infectados. O Brasil avançou na luta contra a doença e, em 1999, já disponibilizava 15 diferentes medicamentos para tratar a Aids.

 

A partir de 1988 foi institucionalizado o dia 1° de dezembro o dia de combate ao preconceito e ao vírus, e com a comemoração no Brasil dos 30 anos de ações a baixa da taxa de mortalidade diminuiu de 5,7 a cada 100 mil habitantes, em 2014, para 4,8, em 2017, segundo dados do Ministério da Saúde.

 

O dia 1º de dezembro serve, portanto, como um alerta sobre a Aids e como uma forma de repensarmos nossas atitudes com os portadores da doença. Não se trata de um dia exclusivo para informações de saúde, é um dia que também nos remete à compaixão e solidariedade.

CURIOSIDADE: O laço vermelho utilizado na luta contra a Aids foi criado em 1991 pela Visual AIDS de New York, que queria fazer uma homenagem aos amigos com a doença. A cor vermelha remete ao sangue e à paixão.