Luto: Auxiliar administrativa do Coren/SC Leila Letícia Scremin faleceu neste domingo

Uma luta árdua desde fevereiro de 2014, quando descobriu um câncer de mama, tratamento bem sucedido, retorno da doença, enfim, muitas batalhas até este domingo, 15 de setembro, quando a auxiliar administrativa da subseção de Joinville do Coren/SC, Leila Letícia Scremin, faleceu aos 43 anos (15/2/1976 – 15/9/2019) e deixou um legado de força e vontade de viver. Ela começou a trabalhar no Coren/SC em 12 de maio de 2011 e sempre foi muito competente com suas tarefas.

Em outubro de 2014, por conta da campanha Outubro Rosa, Leila foi a personagem de uma linda matéria no site do Coren/SC  para alertar sobre o câncer de mama. Ela descobriu a doença por acaso, não sentia dores, mas ao se tocar, certo dia, próximo ao final do ano de 2013, descobriu um pequeno caroço no seio esquerdo. No dia 17 de fevereiro de 2014, dois dias após completar 38 anos, viu o mundo virar de cabeça para baixo, todos os medos e anseios haviam se confirmado e mesmo estando preparada para receber a tal notícia não foi suficiente para tamanho impacto. Mesmo saindo do consultório confusa, reuniu forças e foi trabalhar, queria se desligar um pouco da notícia que acabara de receber.

Durante os exames pré-operatórios, Leila descobriu outros problemas de saúde, mas nada correlacionado ao câncer. E 48 dias após o diagnóstico, fez a cirurgia de mastectomia com reconstrução mamária. Com as sessões de quimioterapia, viu os cabelos caírem e resolveu raspar, sentiu-se estranha no início mas logo recebeu apoio de todos, inclusive dos colegas da subseção que usaram lenços para recebê-la. Mesmo diante de tantas dificuldades Leila tentou manter uma rotina.

Os colegas de trabalho contam que sempre foi uma pessoa alegre e querida por todos que a rodeiam, buscava forças em Deus, na família e nos amigos. Na matéria de 2014, ano que descobriu a doença, ela deixou uma dica importante:webwhats

Dica da Leila – Toquem-se, façam o autoexame e que se encontrarem algo anormal não deixe para depois, consulte um mastologista e tire as dúvidas. As chances aumentam quando diagnosticado no estágio inicial da doença.

O câncer de mama é o segundo tipo mais frequente no mundo, sendo mais comum entre as mulheres, e raro para os homens. Por ano são registrados 22% de novos casos. Se diagnosticado e tratado precocemente, o prognóstico é relativamente bom. A prevenção, o autoexame e os exames periódicos ainda são os melhores remédios.