Coren/SC acompanha prestação de contas da Secretaria de Estado da Saúde

A redução de dívidas e o investimento de R$ 3,8 bilhões no segundo quadrimestre de 2019 foram destacados na prestação de contas da Secretaria de Estado da Saúde na manhã desta quarta-feira (18). Em audiência pública na Assembleia Legislativa, o secretário Helton de Souza Zeferino também falou sobre o avanço da implantação de uma política hospitalar. A conselheira secretária do Coren/SC, Daniella Farinella Jora, acompanhou a apresentação.

“Era uma demanda de cerca de dez anos e essa foi uma conquista entregue à sociedade”, afirmou. Ao apresentar a informação de que o governo estadual aplicou R$ 3.803.231.872,65 no sistema de saúde, ele citou que a pretensão é de, até o fim do ano, ultrapassar os 12% obrigatórios em investimentos. Sobre o endividamento, Zeferino também comemorou a melhora no saldo negativo. “Quando iniciamos o ano, encontrei R$ 477 milhões em dívidas. Hoje está em R$ 166 milhões”, explicou.

De acordo com o secretário, outro dado relevante foi a criação da Política Hospitalar Catarinense. Esse ponto foi aplaudido pelo deputado Valdir Cobalchini (MDB). “Gostei muito do que foi apresentado. Estamos acompanhando desde o início do ano as dificuldades encontradas. Reconhecidamente, são situações muito complexas com dívidas de exercícios anteriores e a falta de uma política clara em relação ao repasse de recursos aos nossos hospitais. Agora temos essas duas situações praticamente equacionadas, com dívidas que deverão ser quitadas até o final desse ano e os repasses de recursos aos hospitais filantrópicos tendo como critério a produção de cada um dos hospitais.”

Para o presidente do colegiado, deputado Neodi Saretta (PT), a audiência foi muito importante porque permite aos parlamentares ter uma ideia sobre a situação geral do setor. “É positivo que está havendo um fluxo financeiro com o pagamento de débitos represados e um cronograma de dívidas ativas.” Mas ele ainda cita que existe a preocupação com o fato de o governo ter questionado judicialmente o valor de 15% de investimentos aprovados na Assembleia Legislativa. “É uma questão que angustia a população catarinense a aplicação efetiva dos recursos e qual o percentual que o Estado vai aplicar na saúde.”

Imunização
Além do que considerou positivo no quadrimestre, o secretário da Saúde trouxe à tona uma preocupação da pasta ao falar sobre o controle da febre amarela e do sarampo. Segundo ele, é um “um desafio que se avoluma com a imunização” contra uma doença que já vem em crescimento e a outra que voltou a surgir no estado.

Para reverter a situação, o secretário garantiu que o governo está “alinhado” com o Ministério da Saúde. “Temos uma campanha na praça para incentivar as imunizações em uma busca ativa para identificar, [a presença do vírus] principalmente nas áreas próximas de mata, onde há maior susceptibilidade de casos, para que possamos imunizar o maior número de pessoas.” Uma das medidas, por exemplo, é a aplicação da chamada “dose zero” da vacina contra o sarampo em crianças de 6 a 11 meses.