Conselhos de Enfermagem pedem ao Ministério da Saúde medidas de proteção à Enfermagem

Neste dia 18 de março a presidente do Conselho Regional de Enfermagem de Santa Catarina (Coren/SC), Helga Regina Bresciani, acompanhou o presidente do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) Manoel Neri e uma Comitiva de presidentes de outros Conselhos Regionais, para assinar e entregar um ofício direcionado ao Ministro da Saúde Nelson Mandetta a favor da categoria de Enfermagem.

O ofício sugere medidas e providências para a proteção dos profissionais de Enfermagem e garantia da assistência de qualidade à população frente à pandemia do coronavírus (COVID-19). Os representantes dos Conselhos, que já estavam em Brasília para evento em parceria com a OPAS/OMS, foram recebidos pelo diretor do Departamento de Gestão e da Regulação do Trabalho em Saúde, Alessandro de Vasconcelos.

“Traçamos estratégias de apoio, principalmente aos profissionais de Enfermagem, que junto aos médicos, estão na linha de frente do atendimento”, afirmou o presidente do Cofen, Manoel Neri. O presidente destacou o subdimensionamento crônico, que já existe tanto no sistema público e privado, e deve ser agravado pela pandemia, com aumento da demanda e adoecimento das equipes. Já se observa uma movimentação de hospitais privados no Rio e São Paulo para recrutamento emergencial.

“Uma das medidas que estamos pedindo, além da disponibilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e capacitação para o uso, é que o Ministério da Saúde disponibilize recursos para a contratação emergencial de profissionais de Enfermagem”, afirmou Neri.

“Nós somos profissionais de Saúde, principalmente a Enfermagem e os médicos, somos o Exército nesta guerra contra o coronavírus”, afirmou o diretor do DGETS. “Entendemos que temos uma série de falhas crônicas no sistema, e que os EPIs são um problema sério. O Ministério da Saúde se antecipou à compra de EPIs e respiradores, e já estamos recebendo o material. Mas sabemos que, em um país com 200 milhões de habitantes, é preciso racionalizar o uso para evitar que, dependendo da curva de transmissão, faltem insumos”, afirmou Vasconcelos.

Governo estuda antecipar graduação – “O Ministério da Educação já fez um apelo para que as faculdades que interromperam os cursos de Saúde, de Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia e Medicina chamem de volta os alunos, porque esses alunos vocacionados para assistência serão muito úteis. Sabemos que, numa primeira onda, parte dos profissionais entrará em quarentena, e precisaremos desta segunda onda de profissionais”, ressaltou o diretor do DEGTS. “Estamos estudando a viabilidade de antecipar a graduação de alunos no ciclo final”, afirmou Vasconcelos, lembrando o exemplo da Itália, onde foi antecipada a graduação. “A força dos recém formados é essencial. Esses jovens, se infectados, tenderão a ter sintomas mais brandos”, ressaltou.

As medidas serão discutidas com os conselhos profissionais amanhã.

Clique aqui para ver o ofício na íntegra.

Fonte: Com informações do Cofen