Fiscalização aponta subdimensionamento na resposta à Covid-19

A insuficiência de pessoal prejudica a resposta à pandemia de covid-19 no Brasil. “Já foram apuradas 7.737 das 8.680 denúncias recebidas pelos Conselhos de Enfermagem, confirmando a situação crítica. O défice das equipes chega a  23.961 pessoas, sendo 8.430 enfermeiros e 15.531 técnicos/auxiliares”, afirma o chefe do Departamento de Gestão do Exercício Profissional, Walkírio Almeida.

Os Conselhos de Enfermagem já inspecionaram 16.120 instituições em todo o Brasil, entre levantamentos situacionais e fiscalizações in loco, desde o início da pandemia. Um terço delas é classificada como unidade de referência para a Covid-19. Relatório de fiscalização indica que a maior parte das irregularidades está relacionada à falta de equipamentos de proteção individuais (EPIs), seguida pelo déficit de profissionais de Enfermagem/sobrecarga de trabalho.

“A  fiscalização objetiva, sobretudo, propiciar maior segurança aos profissionais de enfermagem, quanto à disponibilização de Equipamentos de Proteção Individual em quantidade e qualidade adequadas às demandas da assistência, e contribuir com a estruturação dos serviços, com o dimensionamento de recursos necessários”, afirma o afirma o chefe do Departamento de Gestão do Exercício Profissional, Walkírio Almeida.

“É preciso garantir a segurança dos profissionais de Saúde para evitar um colapso na assistência. Temos no Brasil 35.608 afastamentos de profissionais de Enfermagem com sintomas de covid-19”, afirma Walkírio. Dados do Cofen e o ICN indicam que o Brasil, sozinho, responde por 30% das mortes confirmadas de profissionais de Enfermagem por covid-19 em todo o mundo.

Somente nos últimos 15 dias, foram 1766 inspeções pelos Conselhos de Enfermagem, sendo constado défice 1160 profissionais, sendo 387 enfermeiros e 773 técnicos e auxiliares de Enfermagem. As ações contemplaram, desde o início da pandemia, 54% do total de profissionais inscritos no Sistema Cofen/Conselhos Regionais.

Fonte: Ascom – Cofen