Enfermeiro assume direção do Hospital Regional de São José

De gerente de Enfermagem a diretor geral do Hospital Regional Homero de Miranda Gomes, em São José. O enfermeiro Daywson Pauli Koerich assumiu nesta quinta-feira (1/10) o cargo com muitos desafios ainda remanescentes da pandemia que transformou as rotinas de todos os profissionais de saúde que estão na linha de frente. No ano passado, Daywson já tinha assumido interinamente durante as férias do ex-diretor Marcelo Borges Moreira, médico cirurgião geral. Agora é definitivo e marca na história da instituição o pioneirismo de ter um enfermeiro nesta função.
O Hospital Regional de São José precisou se readequar nos últimos seis meses para enfrentar a Covid-19, criando uma nova emergência exclusiva para os casos com mais uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e a contratação diária de profissionais nas semanas em que a lotação ultrapassou os 90%.
Sem pandemia já eram mais de 17 mil atendimentos por mês nas emergências pediátrica, obstétrica e geral, aproximadamente 1400 internações mensais e mais de 10 mil pessoas atendidas nos vários ambulatórios. Considerado um dos maiores hospitais públicos de Santa Catarina, gerido pela Secretaria de Estado da Saúde, o Hospital Regional terá como gerente de Enfermagem Andreia Muller Pereira, e a gerente Administrativa continua com a enfermeira Josimeri da Silva Scheidt.

NOVO DIRETOR
O enfermeiro Daywson estava no setor de Educação Permanente do Hospital antes de ser gerente de Enfermagem. Enfermeiro com especialização em Emergência e Terapia Intensiva pela Unisul, em Gestão em Saúde Pública pela UFSC e recentemente em Gestão do Trabalho e Educação em Saúde pela UFRGN. Atuante na Comissão de Implantação da Sistematização da Assistência e na Comissão de Segurança do Paciente, também já esteve na docência para graduação na Faculdade Estácio, em São José. Atualmente coordena ainda a Câmara Técnica de Atenção à Saúde do Coren/SC. Confira a entrevista.

Neste ano atípico, houve muito aprendizado?
Com certeza. As mudanças desde março foram rápidas e ainda vivenciamos um dinamismo para tomada de decisões que deixam as equipes mais tensas, mas não menos empenhadas. E foi isso que percebemos durante esse período. Os profissionais colaboraram com os processos que precisavam ser readequados e entenderam a necessidade de todos atuarem com espírito ainda mais aguçado de equipe. Precisamos contratar, adequar espaços, garantir fluxo de processos e criar planos de contingenciamento.

Quais as perspectivas para daqui em diante?
Posso dizer que agora estamos respirando um pouco mais aliviados, mas ao mesmo tempo iniciamos a liberação de cirurgias eletivas para diminuir a fila que cresceu muito este ano. Mas como estamos há mais de três anos trabalhando com a implantação de ferramentas de gestão e métodos, estamos colhendo os resultados e portanto mais preparados. Conseguimos, por exemplo, diminuir a média de permanência dos pacientes garantindo mais vagas para a população.

O que muda no seu dia a dia ao assumir a direção do Hospital?
Desta vez assumo com a visão de médio e longo prazo e agradeço a confiança, além de ressaltar que certamente a escolha tem a ver com o respeito que estamos ganhando da prática da Enfermagem. Continuaremos a trabalhar de forma multidisciplinar, valorizando as equipes, investindo em melhorias contínuas para oferecer cada vez mais qualidade e segurança aos pacientes.