Neste final de semana (9 e 10/1), a edição do Diário Catarinense trouxe uma matéria especial sobre os erros e acertos das autoridades na pandemia em Santa Catarina. Especialistas e lideranças catarinenses da área da saúde avaliam a gestão da crise sanitária no Estado, que ultrapassou a marca de 500 mil contaminados. Entre os entrevistados, o presidente do Coren/SC Gelson Albuquerque fez uma avaliação das principais ações que colaboraram com o controle dos casos e as que prejudicaram o atendimento em saúde, deixando números muito ruins de transmissão e mortes por conta da Covid-19.
A semana se encerra com uma marca angustiante para Santa Catarina. O Estado somou mais de meio milhão de casos acumulados por contaminação de coronavírus. Até a última quarta-feira, dia 6, eram 5,4 mil vidas perdidas para a Covid-19.
Para especialistas ouvidos pela reportagem, consequência da forma como autoridades e parte dos catarinenses se colocam frente à pandemia. Incluindo-se a perda de liderança no controle da pandemia, a flexibilização de medidas e o comportamento negacionista.
Para o Conselho Regional de Enfermagem, o afrouxamento das regras sanitárias sem ouvir o Centro de Operações de Emergências em Saúde (COES) foi um erro grave:
– Faltou fortalecer uma unidade de comando para garantir medidas em todos os municípios – diz o enfermeiro Gelson Albuquerque, presidente do Conselho Regional de Enfermagem de Santa Catarina (Coren/SC).
Acertos e erros:
Como as entidades ouvidas pela reportagem avaliam a condução da pandemia em SC:
ACERTOS
– Definição de estratégias de isolamento social e regramento das medidas sanitárias pelos municípios em março de 2020.
– Criação de um Centro de Operações de Emergências em Saúde (COES) com participação de órgãos do governo e entidades representativas, incluindo o Coren/SC como representação da enfermagem, que são 50% das equipes de saúde.
ERROS
– Na ausência do governo do Estado em implantar uma política de integração com os municípios, fortalecendo uma unidade de comando para garantir medidas em todo o Estado.
– No afrouxamento das regras sanitárias sem ouvir o COES.