Semana da Enfermagem 2021: Compromisso Social e Inclusão

No painel da manhã desta quinta-feira (14/5), o painel “Compromisso Social e Inclusão na Enfermagem” tratou de temas sociais relevantes ligados à profissão. O evento faz parte da Semana da Enfermagem 2021.

A Conselheira Tesoureira do Coren/SC, Daniela Maçaneiro, coordenou o debate virtual, que contou com a presença da enfermeira Patricia Klock, professora do departamento de Enfermagem da UFSC, da enfermeira Fabricia Martins Silva, representando a prefeitura de São José (onde atua como secretária adjunta da Saúde), e da acadêmica de Enfermagem Eliziane Santos, da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) de Chapecó.

Patrícia começou falando sobre a prática cidadã da Enfermagem e as interações e associações entre público e profissionais, em um processo de evolução contínuo. Segundo ela, são cada vez mais necessárias habilidades inovadoras e criativas na maneira de ser e de atuar profissionalmente.

A professora destacou que a pandemia da Covid-19 terá impactos a longo prazo, de maneira com que os profissionais também enxerguem de maneira diferente suas funções e missões.

Já a enfermeira Fabricia fez uma provocação em relação à Enfermagem enquanto profissão inclusiva. Ela destacou que 86% dos profissionais de Enfermagem no Brasil são mulheres. Do total, 53% (tanto homens quanto mulheres) são negros. 

“Apesar desse quantitativo, ainda não conseguimos perceber a expressividade disso”, afirmou Fabricia, acrescentando que o fato remonta à origem informal do cuidado, dentro de um passado escravocrata.

Ao mesmo tempo em que houve a profissionalização, no entanto, o acesso à população negra teve mais dificuldade de acesso aos estudos. 

Por fim, a estudante Eliziane falou um pouco sobre sua vivência. Ela é a primeira acadêmica indígena da UFFS. Eliziane ingressou na universidade através de programas públicos de acesso.

A acadêmica falou do desafio sobre juntar conceitos indígenas, mesclando conhecimentos, cuidando a saúde, ao mesmo tempo em que se preserva a cultura. 

Eliziane também falou de seu propósito pessoal de se dedicar o máximo do que pode, principalmente para atuar na atenção básica do SUS. Onde estiver, porém, ela pretende sempre continuar atendendo indígenas nas aldeias.

A coordenadora Daniela Maçaneiro leu algumas das diversas mensagens que chegaram durante a transmissão, que emocionou pessoas ligadas ou não à Enfermagem.