Boas práticas: Enfermeira explica imunização após duas doses e variante Delta

            Coluna de Vanessa Cruz no SCC

A enfermeira do Hospital Tereza Ramos, em Lages, e professora na Uniplac, Vanessa Cruz, é especialista em Urgência e Emergência e contribui também com informações como colunista para o Portal de Notícias de Santa Catarina, SCCPublicou no último mês uma matéria sobre a imunização depois da segunda dose e a variante Delta no estado.

A variante Delta, originalmente conhecida como B.1.617.2, existe desde o final do ano passado,  quando apareceu na Índia em outubro de 2020. Em maio de 2021, após ser associada ao agravamento da pandemia, a cepa foi declarada como variante de preocupação pela Organização Mundial da Saúde (OMS). E tem  se tornado rapidamente dominante em muitos países. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) a variante Delta é responsável por mais de 80% dos casos recém-diagnosticados nos Estados Unidos.

Em Santa Catarina, a Secretaria de Estado da Saúde (SES/SC), através da Superintendência de Vigilância em Saúde (SUV), confirmou mais 25 casos da variante Delta do coronavírus em Santa Catarina pelo Laboratório de Referência Nacional Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) do Rio de Janeiro e do Ceará. Até o momento, o Estado detectou 36 casos da variante Delta em 20 municípios. Desse total, quatro são considerados casos autóctones (de transmissão dentro do estado), sete casos importados (transmissão fora do estado) e 25 em investigação sobre o local provável de infecção. Segundo estudos ligados a OMS divulgados, pela Imperial College de Londres, a variante Delta é cerca de 97% mais transmissível, que a original e as demais como do Reino Unido (Alfa), na África do Sul (Beta) e no Brasil (Gama).

A enfermeira, ainda destaca o questionamento que tem sido bastante levantado sobre o adoecimento e hospitalização pela covid-19 mesmo após duas doses. Isso, porque de acordo com especialistas e microbiologistas, nenhuma vacina contra o vírus é 100% eficaz, mas é comprovado que a vacinação reduzi drasticamente os riscos de casos graves e óbitos pela doença. E que de acordo com médicos deve-se considerar a individualidade de cada pessoa, o sistema imunológico e o histórico de saúde, pois influenciam na eficácia da vacina contra a Covid-19. O próprio envelhecimento faz com que se tenha uma resposta diferente na produção de anticorpos. Isso, no entanto, não menospreza a importância da vacinação. A porcentagem de óbitos entre imunizados registrou cerca de 9 mil pessoas, entre os quais os idosos com mais de 70 anos prevalece. E os vacinados apenas com a primeira dose da vacina, o número sobe para 22 mil. Os dados foram monitorados entre 28 de fevereiro e 27 de julho, com base em informações do ministério da Saúde.

Sobre a imunização contra a variante Delta, ainda há investigações acerca dos imunizantes ocorrendo e são ainda preliminares, porém sugerem um efeito significativo na eficácia das vacinas contra as infecções provocadas pela a Covid-19. Todavia, esses mesmos estudos também afirmam que a eficácia contra os casos mais graves e óbitos continuam altas, principalmente após a segunda dose.

Por fim, a enfermeira reitera que se você já está vacinado com as duas doses ou dose única, não significa que tem ‘’passe livre’’,  é necessário continuar se cuidando e seguindo os protocolos de segurança: usando máscara, higienizando as mãos, mantendo o distanciamento e evitando as aglomerações.

 

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Com informações do Portal www.scc10.com.b