Os desafios do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) durante a pandemia foram destaque na manhã desta terça-feira (28) no 23º Congresso Brasileiro dos Conselhos de Enfermagem (CBCENF). A palestra foi proferida pelo enfermeiro Manoel Neri, atual presidente do Coren-RO, que dirigia o Cofen em 2020, quando foi deflagrada a emergência sanitária global da covid-19, que reconfigurou a saúde, economia e relações sociais, com transmissão pela TV CBCENF, no site www.23cbcenf.com.br
Apresentado pelo conselheiro federal Leocarlos Cartaxo, Manoel Neri sumariou medidas planejadas e implantadas dentro do Sistema Cofen/Conselhos Regionais, em resposta à pandemia. “Antes de qualquer coisa, diante da iminência da pandemia, o Cofen instalou um Comitê Gestor de Crise altamente especializado, para orientar as ações estratégicas nos momentos mais críticos. Com isso, conseguimos manter o controle da situação”, afirmou.
Os Conselhos de Enfermagem se notabilizaram pela credibilidade durante a crise de saúde pública durante a pandemia, sempre com base em evidências científicas, sem se vender ao negacionismo e nem à conveniência política, na avaliação de Neri, que cita uma mudança na percepção das instituições. “Temos avançado em vários aspectos. Dificilmente, por exemplo, não os Conselhos não são convidados a opinar em decisões e orientações de órgãos competentes sobre saúde pública”.
Manoel lembrou ainda que, no início da pandemia, quando havia escassez de equipamentos de proteção em todo o mundo, o Cofen realizou uma licitação emergencial e fez a doação de 300 mil máscaras PFF2 para profissionais de Enfermagem que estavam na linha de frente. “Essa medida salvou muitas vidas”.
Quando a Covid-19 começou a avançar e a matar, diante da falta de ação do poder público, o Cofen criou o Observatório da Enfermagem, para contabilizar as infecções e as mortes entre trabalhadores da categoria. Esse se tornou o maior banco de dados do gênero no mundo e vai ajudar na compreensão sobre o tamanho dessa tragédia. Lançou, ainda, o programa Enfermagem Solidária, para dar acolhimento aos profissionais da linha de frente que precisam de apoio emocional, oferecendo uma média de 130 atendimentos por dia nos primeiros meses de implementação.
Fonte: Ascom – Cofen