Enfermeira brasileira recebe prêmio Internacional na Alemanha

Mônica (de verde, à direita), trabalhava como Gerente de Saúde para doenças crônicas e optou por atuar na linha de frente de combate à COVID-19. “Eu sabia que nós (enfermeiras) éramos necessárias”, disse.

A enfermeira brasileira Mônica Batista Teixeira recebeu, no último mês de outubro, o prêmio Heroínas da Saúde 2022, realizado pela ONG internacional Women in Global Health. Em 2020, a profissional de Manaus, enfermeira há 15 trabalhava como Gerente de Saúde para doenças crônicas na Secretaria do Estado do Amazonas. Com a chegada da pandemia da COVID-19, e após o falecimento de tio, que sofreu com a falta de oxigênio na Unidade de Terapia Intensiva de Manaus, no Amazonas, Mônica resolveu ajudar outras pessoas a evitarem o mesmo destino de seu tio. Ela coordenou e apoiou o transporte de mais de 900 pacientes com COVID-19 do estado do Amazonas para unidades de saúde em estados vizinhos.

Seus esforços resultaram em uma taxa de sobrevivência de 90% entre aqueles que ela transportou. Por três meses, ela não viu sua filha de oito anos ou sua família.  Ao relembrar o dia em que tomou a decisão de passar da política de gestão da saúde para a linha de frente de uma crise global, ela descreve a compulsão que sentiu em tomar uma iniciativa. “O impacto que a COVID causou na comunidade me motivou a entrar na luta. Eu sabia que nós (enfermeiras) éramos necessárias.”

Ao todo, 17 mulheres de diferentes Países foram premiadas. A lista completa com a história de cada uma delas está disponível no site da ONG – Women in Global Health

O prêmio:

O Heroines of Health Awards foi fundado em 2017 para ampliar a plataforma para as contribuições das mulheres para a saúde, que são imensas, mas em grande parte não são reconhecidas. As mulheres entregam a saúde, os homens a conduzem.

Inspirada pela riqueza de talentos das mulheres que trabalham na saúde, a Women in Global Health lançou este reconhecimento único para celebrar mulheres de todas as origens e origens. O evento fornece às Heroínas uma plataforma para expressar suas maiores preocupações aos líderes globais e transformar nossas sociedades para serem mais equitativas em termos de gênero na saúde.

Além de Mônica, outras 16 mulheres compõem o grupo de Heroínas selecionado este ano, que tem representantes da África, Américas, Oriente Médio, Ásia e Europa e de diferentes especialidades do setor de saúde. As histórias sobre todas elas estão disponíveis no site da ONG.

Até o momento, a Women in Global Health reconheceu 53 líderes inspiradoras como Heroínas da Saúde de todo o mundo. Cada Heroína fez contribuições extraordinárias para a saúde e para a campanha pela equidade de gênero na saúde global. Este ano, temos o grande prazer de apresentar as mulheres que receberam os 17 Prêmios Heroínas da Saúde em 2022

Fotos, texto e informações: WGH – Women in Global Health