Coren/SC debateu ensino técnico e Educação a Distância durante 16° SENADEn e 13° SINADEn

Em vários momentos da programação do 16º Seminário Nacional de Diretrizes para a Educação em Enfermagem (Senaden) e o 13º Simpósio Nacional de Diagnóstico de Enfermagem (Sinaden), o Coren/SC esteve presente com a participação de conselheiras e profissionais colaboradoras. No dia 7 de junho foi realizada a Reunião do Conselho Consultivo Nacional de Escolas e Cursos de Enfermagem da ABEn Nacional, no auditório da reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)  para discutir o tema: “Desafios da avaliação da formação técnica, graduação e pós-graduação”. O debate foi coordenado pela diretora de Educação da ABEn Nacional, Edlamar Kátia Adamy,  e teve a participação da conselheira do Coren/SC, Daniella Regina Farinella Jora, da Stefani Balbino Lima (ABEn-RJ) e do professor Gilberto Tadeu Reis da Silva (UFBA).

A conselheira mostrou a preocupação na estrutura de ensino dos Técnicos de Enfermagem. Ela expôs o processo de formação da categoria avaliando

todos os estágios, desde a abertura de uma nova escola, as lacunas no credenciamento dessas instituições de ensino e como se dá este ensino. Segundo ela “Um curso de Enfermagem não se faz apenas com uma cama, uma pia e um manequim simulador, precisa-se de muito mais. Precisamos laboratórios e locais que permitam a vivência do trabalho” Daniella ainda abriu a discussão para a operacionalização do processo de formação e mostrou vários desafios que os formadores têm na contemporaneidade. Ao final das explanações foi aberto um espaço para o debate, que permitiu uma troca entre os participantes e os palestrantes.

EaD – No dia seguinte, último dia dos eventos, a presidente do Coren/SC, Helga Regina Bresciani fez uma palestra no painel que discutiu o Ensino a Distância (EaD) em Enfermagem. Sob a coordenação da diretora da ABEn Nacional,  Juliana Sandri, as apresentações iniciaram com a enfermeira Francisca Valda da Silva, da ABEn e do Conselho Nacional de Saúde. Ela destacou que a mercantilização dos cursos é um mal muito grande para a sociedade. Em seguida, Helga fez uma fala mostrando dados importantes dos cursos que já existem em Santa Catarina e a preocupação com esta lógica da expansão definida pelo setor privado. “Temos muitas matrículas para poucos docentes, cerca de 7 para cada mil alunos, somente este dado já nos incita uma reflexão importante sobre a qualidade deste ensino. Mas o mais preocupante é que já existem 49 polos de cursos a distância em Enfermagem no território catarinense. Sabemos da importância da tecnologia e do impacto que proporciona, mas a tecnologia não pode substituir o olhar sensível do profissional”, disse a presidente do Coren/SC. Foi realizado um levantamento pelo Conselho e constatou-se que em 10 cursos os endereços são de escolas infantis ou de inglês, ou supletivos, sem convênios ou parcerias. “Somos extremamente contrários à formação da Enfermagem na modalidade EaD, pois sabemos que o advento de erros e danos ocasionados por imperícia, negligência e imprudência na assistência à população serão maiores do que os que ocorrem com a formação em cursos presenciais. O cuidado de Enfermagem é relacional”, concluiu. Por último teve a fala da Conselheira Nacional de Saúde e Membro da Mesa Diretora do CNS, Francisca Rêgo Oliveira Araújo, que abordou as ações do Conselho para evitar a propagação dos cursos EaD.