Na manhã desta quinta-feira (31/10), quatro enfermeiras integrantes da Ordem dos Enfermeiros de Portugal e professoras da Escola Superior de Enfermagem do Porto estiveram na sede do Coren/SC para trocar experiências e informações. Estiveram na sede, em Florianópolis, Maria Manuela Martins, Maria Salomé Martins Ferreira, Rute Salomé da Silva Pereira, Olga Maria Pimenta Lopes Ribeiro. Elas foram recebidas pela presidente Helga Regina Bresciani e pela conselheira tesoureira Alessandra Junkes Coutinho. A diretora secretária da Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn-SC), Lara Vandresen, acompanhou o encontro.
Elas abordaram alguns dos desafios da categoria em Portugal, que são muito parecidos com os apresentados no Brasil, como os problemas com dimensionamento das equipes, a necessidade de implantação da Sistematização da Assistência e as diferenças entre as entidades representativas, como os conselhos, associações e sindicatos. A Ordem dos Enfermeiros (OE) é a associação pública profissional que congrega todos os profissionais de Enfermagem que trabalham em Portugal. Tem como atribuições a definição de regras relativas à atividade profissional e respectivo controle. Na prática, assim como no Brasil, podemos dizer que a preocupação da OE é para com a regulamentação e disciplina da profissão de Enfermagem, enquanto outras organizações, como os sindicatos, se preocupam com os assuntos laborais, decorrentes do contrato de trabalho.
“Esta troca de informações é muito significativa, pois podemos aprender e também oferecer ideias das ações desenvolvidas aqui”, disse a presidente Helga Bresciani. As enfermeiras de Portugal depois foram para a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) onde iam participar de reuniões e atividades.
SAIBA MAIS
A OE tem como principal objetivo “a defesa dos interesses gerais dos destinatários dos serviços de Enfermagem e a representação e defesa dos interesses da profissão”, como refere o seu Estatuto.
A Ordem atribui dois títulos profissionais, e por conseguinte, emite dois tipos de cédulas diferentes:
• Enfermeiro;
• Enfermeiro Especialista.
Esta instituição tem poderes delegados pelo Estado e foi formalmente criada em 1998. Para saber mais sobre o seu percurso poderá acessar «História da OE».
A participação de cada enfermeiro na vida da OE é fundamental para o desenvolvimento da profissão, contribuindo para sua valorização e visibilidade social, numa perspectiva de melhoria dos cuidados de saúde prestados aos cidadãos. O vínculo existente entre cada enfermeiro e a OE decorre do exercício da profissão, do facto de ser enfermeiro e de ter o dever de cumprir e fazer cumprir o Estatuto.
O Estatuto da OE é o conjunto de artigos que define o funcionamento da organização e a Deontologia Profissional.
Além disso, no dia-a-dia, o enfermeiro deve observar como princípios universais:
• A igualdade,
• a liberdade responsável, com a capacidade de escolha, tendo em atenção o bem comum,
• a verdade e a justiça,
• o altruísmo e a solidariedade,
• a competência e o aperfeiçoamento profissional.
Os princípios orientadores da profissão devem ser:
• A responsabilidade inerente ao papel assumido perante a sociedade;
• o respeito pelos direitos humanos na relação com os clientes;
• a excelência do exercício na profissão em geral e na relação com outros profissionais.
Por outro lado, a OE é responsável, perante todos os cidadãos, pela qualidade dos cuidados praticados, só podendo exigir um elevado padrão de prestação de cuidados aos seus membros.