Antes de escolher um curso de especialização, uma série de itens precisa ser avaliado pelo futuro egresso. “O primeiro passo é consultar no site do MEC se a instituição é credenciada. A consulta é feita com facilidade no site: emec.mec.gov.br. A instituição credenciada deve ser diretamente responsável pelo curso, projeto pedagógico, metodologia, corpo docente e até emissão de certificados. Não existe possibilidade de ‘terceirização’”, alertou o Conselheiro Licenciado do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e professor do Departamento de Enfermagem da UFSC, Enfermeiro Dr. Gelson Albuquerque.
As dicas fizeram parte da palestra “Formação de especialista em Enfermagem”, proferida pelo Enfermeiro Dr. Gelson Albuquerque, que abriu as atividades do 1º Congresso Catarinense de Enfermagem Cardiovascular, na quinta-feira (3 de abril), em Florianópolis.
Albuquerque defendeu que a qualidade da assistência em Enfermagem está relacionada diretamente à formação e destacou leis e resoluções que estabelecem requisitos para a oferta de cursos de especialização. “Os cursos de especialização somente podem ser oferecidos por instituições de ensino superior já credenciadas na área em que possui competência, experiência e capacidade instalada”, frisou. E será que os cursos de especialização precisam de autorização? O Enfermeiro Dr. Gelson Albuquerque esclareceu que os cursos presenciais de especialização não precisam de autorização ou reconhecimento específicos, desde que sejam oferecidos por instituições de ensino superior credenciadas pelo MEC; já os cursos de especialização à distância necessitam de credenciamento específico no MEC, prevendo avaliações e defesa monografia ou trabalho de conclusões presenciais.
Sobre o corpo docente, Albuquerque enfatizou “No mínimo, 50% do corpo docente do curso deverá ser composto por mestres ou doutores; os demais docentes devem possuir, no mínimo, formação em nível de especialização”.
Gelson alertou que os cursos de MBA (Master Business Administration) são cursos de especialização na área de administração e que as especializações devem ter uma carga horária mínima de 360 horas.
O palestrante ressaltou que os títulos devem ser registrados no Sistema Cofen/Conselhos Regionais. “É fundamental que os profissionais de Enfermagem procurem os Conselhos Regionais para o registro de títulos, assim o Sistema Cofen/Conselhos Regionais disporá de dados, favorecendo a identificação de demandas para políticas específicas. Para o Enfermeiro Obstétrica, esse registro já é obrigatório, conforme Resolução Cofen nº 439/2012”, frisou.
Uma caravana de Joaçaba com aproximadamente 30 acadêmicos de Enfermagem da Unoesc veio especialmente para Congresso. “As dicas do professor Gelson Albuquerque foram muito boas. Eu não sabia, por exemplo, que o MBA não é reconhecido como especialização para a Enfermagem”, avaliou Thainá Danielli de Souza. Para a acadêmica Daniela Auler de Oliveira, a programação do Congresso trouxe temas muito interessantes. “São assuntos essenciais para a o trabalho das equipes de Enfermagem. Estou na expectativa da palestra ‘Síndrome Coroniana Aguda’”, relatou.
O 1º Congresso
Cerca de 300 Enfermeiros, Técnicos, Auxiliares e Estudantes de Enfermagem participam do 1º Congresso Catarinense de Enfermagem Cardiovascular, que acontece até esta sexta-feira (04 de abril), em Florianópolis.
“A proposta é que o Congresso entre no calendário dos eventos de Enfermagem e seja realizado a cada dois anos. Por esse primeiro dia, já pudemos perceber que está sendo um sucesso”, avaliou uma das organizadoras Enfermeira Dra. Maritê Argenta, Gerente de Enfermagem do Instituto de Cardiologia. Com apoio do Coren/SC, o evento é uma realização da ABEn-SC, Instituto de Cardiologia, Hospital SOS Cárdio e Estácio de Sá.
Participaram da mesa de honra da abertura do Congresso: a Presidente da Associação Brasileira de Enfermagem Seção Santa Catarina (ABEn-SC), Enfermeira Dra. Maria Lígia dos Reis Bellaguarda; a Presidente do Conselho Regional de Enfermagem de Santa Catarina (Coren/SC), Enfermeira Dra. Felipa Amadigi; a Coordenadora do Curdo de Enfermagem do Centro Universitário Estácio de Sá, Ana Cristina Hoffmann; o Diretor Geral do Instituto de Cardiologia de Santa Catarina, Dr. Jamil Cherem Schneider; o Gerente de Enfermagem do Hospital SOS Cárdio, Enfermeiro Gilson Gehring Júnior; a Supervisor da Emergência e UTI B do Hospital SOS Cárdio, Enfermeiro Thiago Correa; a Gerente de Enfermagem do Instituto de Cardiologia de Santa Catarina, Enfermeira Dra. Maritê Inez Argenta; a Presidente da Associação Amigos do Hospital Regional de São José, Romualdo Leone Tiezerin; e a Madrinha do Hospital Regional de São José e Instituto de Cardiologia, Linda Koerich.