Na prática profissional da assistência de Enfermagem surge a dúvida: será que a instituição conta com o quantitativo adequado de profissionais de Enfermagem? O quantitativo mínimo dos diferentes níveis de formação dos profissionais de Enfermagem para cobertura assistencial segura e de qualidade nas instituições de saúde é calculado com base nos parâmetros estabelecidos pela Resolução Cofen nº293/2004.
“Realizar o Dimensionamento de Pessoal de Enfermagem subsidia o Enfermeiro Responsável Técnico e/ou Gerente de Enfermagem para, se necessário, solicitar ao gestor a contratação de mais profissionais de Enfermagem para a instituição. Essa é uma das atribuições do Enfermeiro Responsável Técnico”, explicou o Enfermeiro Fiscal do Conselho Regional de Enfermagem de Santa Catarina (Coren/SC) Sede, Manoel Rogério dos Santos Júnior.
Para instrumentalizar os profissionais de Enfermagem para a execução dos cálculos, o Coren/SC está realizando, em todo o Estado, Oficinas de Dimensionamento de Pessoal. Em Florianópolis, a atividade aconteceu no auditório do Coren/SC no final de outubro.
O cálculo de dimensionamento de pessoal considera uma série de características da instituição, do serviço de Enfermagem e a classificação de pacientes. “Além disso, é fundamental acrescer o Índice de Segurança Técnica em valores não inferiores a 15%, fornecendo segurança para eventuais ausências previstas (férias, folgas, licença prêmio) ou não previstas (atestados, licença médica e faltas não justificáveis) do profissional”, complementou a Enfermeira Fiscal do Coren/SC Jennifer Adriane Nesso.
Entre as vantagens de trabalhar com o Dimensionamento de Pessoal adequado está: diminuição do absenteísmo; diminuição dos casos de iatrogenia; diminuição da sobrecarga de trabalho; melhora da qualidade da assistência e estruturação dos processos de trabalho (Pops e protocolos).
A Enfermeira do Cepon Natália Rive Flores frequentou a oficina para executar os cálculos em função da abertura de novas alas. O dimensionamento também deve ser realizado anualmente para revisão do quadro; nas ampliações e/ou reduções da capacidade instalada; quando solicitado pelo Coren/SC. “Os cálculos nos fornecem argumentação teórica para a contratação de mais profissionais de Enfermagem”, ponderou a Enfermeira Natália.
Após as explicações sobre a Resolução Cofen nº 293/2004, os Enfermeiros Fiscais do Coren/SC apresentaram situações fictícias para que em grupos pequenos calculassem o dimensionamento de pessoal para cada instituição apresentada. “Participei para ser o multiplicador do dimensionamento na instituição onde trabalho. A Oficina foi ótima. Considero importante estar presente nestas atividades para atualização profissional e para a troca de experiências”, contou no final da Oficina o Enfermeiro do Hospital Florianópolis, Fernando Gomes Gonçalves.
