Pesquisa irá mapear quem são e como vivem os catarinenses com mais de cem anos

A Secretaria de Estado da Saúde está apoiando um trabalho de pesquisadores da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) para saber quem são e como vivem os catarinenses com mais de cem anos de idade. O objetivo é mapear o estilo de vida desses idosos e subsidiar estratégias para melhorar a assistência em saúde dessa parcela da população, estimada em 1,2 mil pessoas.

O SC 100 – Estudo Multidimensional dos Centenários de Santa Catarina é inédito no Estado. Serão avaliadas informações de sexo, idade, escolaridade, e fatores como atividades de lazer, hábitos alimentares, condições de humor e depressão. O objetivo é entender o que contribui para uma expectativa de vida tão prolongada.

Segundo a professora Giovana Zarpellon Mazo, responsável pela pesquisa, a idade avançada demanda cuidados especiais de suporte e intervenções do poder público que possibilitem um estilo de vida ativo, mesmo que limitado ao ambiente domiciliar. “Com o apoio da Secretaria Estadual de Saúde, pretendemos ter acesso aos municípios e suas unidades básicas, e com a ajuda destas, identificar os centenários pelo Estado”, explicou Giovana.

Todas as pessoas com mais de cem anos localizadas serão contatadas e convidadas a participar da pesquisa junto com um cuidador. “Todos serão entrevistados e, no caso de não apresentarem condições mentais de participar efetivamente da entrevista, serão inseridos no estudo por meio do registro de dados do mapeamento”, observou a professora.

Segundo IBGE, o Brasil tinha 24.236 centenários em 2010, dos quais 405 eram catarinenses. A estimativa atual foi feita com base no número de pessoas que tinham 97 anos ou mais naquela época.

O Laboratório de Gerontologia do Centro de Ciências da Saúde e do Esporte da Udesc, que desenvolve esse estudo, avalia desde 2006 a saúde e o envelhecimento dos catarinenses. Além dos centenários, são objeto de estudo os programas de atividade física na saúde pública em Santa Catarina e as intervenções fisioterapêuticas para mulheres idosas com incontinência urinária.

Fonte: Secretaria de Estado da Saúde