Método Canguru auxilia no fortalecimento do vínculo afetivo entre mães e bebês na UTI Neonatal do Hospital Regional São Paulo, de Xanxerê

Projeto foi implantado em junho deste ano na UTI Neonatal do HRSP

Método Canguru_HRSP“Meu bebê nasceu com 27 semanas, prematuro extremo. Minha bolsa estourou e me transferiram de Palmitos para cá, para ele nascer. Minha chegada aqui na UTI Neonatal do Hospital Regional São Paulo foi muito difícil, eu tinha muito medo que ele não sobrevivesse, pois depois da cesárea, ele precisaria passar ainda por procedimentos complicados”, relata Andréia Dallagnol, mãe do pequeno Vinícius Dallagnol Nilson, que nasceu aos 23 dias de setembro, pesando apenas 965 gramas. Andréia é uma das mães da UTI Neonatal do Hospital Regional São Paulo que participa do projeto método canguru – método preconizado pelo Ministério da Saúde, que objetiva o contato precoce entre a mãe e o recém-nascido de baixo peso e que permite uma maior participação dos pais no cuidado, melhora o vínculo familiar e traz inúmeros benefícios para o prematuro.

“Passei mais de quarenta dias sem poder pegar ele no colo, ele era muito pequeno e não podia sair da incubadora. Esse momento da posição canguru é muito especial, me sinto mais tranquila, meu filho se acalma e permanece tranquilo junto ao meu peito. Eu percebo que a dor dele é amenizada quando ele fica assim comigo e sinto como se ele estivesse nascendo neste momento, é emocionante”, destaca a mãe que permanece 24 horas na UTI Neonatal, acompanhando a evolução clínica do filho.

A Neonatologista e Responsável Técnica pela UTI Neonatal do Hospital Regional São Paulo, Lilian Cássia Marini, observa que a posição canguru permite aumento do vínculo afetivo e melhora no quadro clínico e neurocomportamental dos bebês. As mães de prematuros extremos têm um contato inicial restrito com os filhos devido as complicações da prematuridade. O método canguru é um momento prazeroso e ajuda a melhorar o desenvolvimento neurológico e neurocomportamental dos bebês. A posição contribui ainda para estimular o aleitamento materno, o que é muito positivo”, afirma a Médica.

A tutora do método canguru do HRSP, Enfermeira Vanessa Piccoli, destaca que desde a implantação do método, em junho deste ano, houve muitos avanços e ganhos, principalmente para os neonatos. “No início, tivemos algumas dificuldades na implantação, tanto por parte da equipe, como pelas mães, que ainda tinham um pouco de receio, por se tratar de bebês prematuros, baixo peso e que necessitam de cuidados especiais. Porém, com o passar dos dias e com a prática exercida, tanto as mães como a equipe, se sentem seguras em proporcionar este momento, que além de trazer conforto para o bebê, auxilia muito no fortalecimento do vínculo afetivo”, finaliza a Enfermeira.

Fonte: Hospital Regional São Paulo – Jornalista Meriana C. Peri