“Sou Pai. E agora?”. Assunto é tema de mesa-redonda em Florianópolis

A gestação e o nascimento de um bebê são etapas do ciclo vital carregadas de significados emocionais que podem facilitar ou dificultar o desenvolvimento da relação entre pais e bebês. Neste período, é comum que as pessoas se sintam vulneráveis em algum momento, seja pelas motivações conscientes e inconscientes que este processo desperta em cada um, seja pelas idealizações encorajadas por nosso meio social, cultural e econômico.

Atualmente, estamos distantes de uma vivência simples, espontânea e natural deste processo em nossa sociedade. É comum nos (pre) ocuparmos com o quarto do bebê, com as roupinhas, com o tipo de parto, com o médico e com a maternidade, mas muito pouco nos atentamos para escutar esta mulher que vai ser mãe e este homem que vai ser pai de um bebê. Geralmente, espera-se que logo após o parto, a mulher se sinta mãe, que saiba amamentar e interpretar o tipo de choro do seu filho. Espera-se que o pai saiba como ajudar sua companheira e aceite com facilidade que ao invés de dois agora são três. Espera-se que o casal mantenha seu relacionamento sexual e afetivo como antes da gravidez. Espera-se que na primeira cólica do bebê os pais saibam o que fazer para acalmá-lo. Espera-se que a mulher que trabalhou e/ou estudou até seu último mês de gestação, não se sinta entediada e cansada com os cuidados do bebê. Espera-se que mesmo diante do desconhecido e de um “turbilhão de hormônios” tornar-se mãe seja inerente a condição de ser mulher.

Tais expectativas não se aplicam à realidade vivenciada pela maioria das mulheres, homens e bebês envolvidos neste processo. Na prática clínica, observa-se que, cada vez mais, as pessoas estão buscando acolhimento e escuta qualificada para elaborar o sofrimento psíquico decorrente das complexas adversidades que podem surgir neste período.

Prematuridade, deficiências, malformações, gestações de risco, dificuldades no relacionamento com o bebê, na amamentação, mudanças drásticas na relação do casal, falta de uma rede de apoio, tristeza intensa, sensação de incapacidade, ansiedade extrema, são alguns exemplos das dificuldades que não estão previstas nas projeções que cada um imagina para este período.
Diante da imprevisibilidade característica do processo de gravidez, parto e pós-parto, o Instituto Pais e Bebês surge com o intuito de amparar pais, mães, bebês e familiares que precisam de apoio psicológico para enfrentar, com mais tranquilidade, as mudanças que este período traz.

Na quinta-feira (26 de novembro), às 19h, o Instituto Pais e Bebês promove mesa-redonda “Sou Pai. E agora” para refletir sobre a função paterna e a sua importância para o desenvolvimento do bebê. A atividade acontece na Associação Comercial e Industrial de Florianópolis, situada na Rua Emílio Blum, 121, Centro, Florianópolis.

A mesa-redonda tem como público-alvo: pais e familiares, bem como profissionais e estudantes de psicologia, pediatria, enfermagem e áreas afins.

As inscrições devem ser feitas pelo e-mail contatosipb@gmail.com, informando nome completo, e-mail, profissão e cópia do comprovante de depósito. O valor da inscrição custa R$35,00. Depósito no Banco do Brasil, Ag. 5448-8, c/c 6906-x.

Mais informações pelo telefone: (48) 9110 3439 (Antônia).

Fonte: Instituto Pais e Bebês

InstPaiseBebês