Vacinação é proteção para todas as faixas etárias

Por Soninha Silva – Coren/SC 383.225
Enfermeira do Departamento de Atenção Integral a Saúde da empresa Qualirede
soniabia@gmail.com

soninha-silva-300x300Com a criação do Programa Nacional de Imunização (PNI) no Brasil em 1973, a população passou a ter acesso às vacinas com o objetivo de reduzir a incidência e a taxa de mortalidade por doenças imunopreveníveis, como tétano, difteria, sarampo, rubéola, caxumba, poliomielite, febre amarela, dentre outras.

Desde então, o Ministério da Saúde ressalta a importância da vacinação, recomendada como maneira mais eficaz de prevenir e diminuir a ocorrência de doenças que podem ser graves e até fatais.

 As vacinas são preparações compostas de bactérias ou vírus cultivados em laboratórios, tratadas para que percam o seu poder de contaminação. Ao serem introduzidas no organismo essas soluções desencadeiam uma reação do sistema imunológico, estimulando a formação de anticorpos e tornando o organismo imune ao agente patogênico e às doenças por ele provocadas.

Em 2014, três novas vacinas foram incluídas no PNI: HPV, Varicela e Hepatite A, bem como a vacina tríplice acelular para gestantes, contra a difteria, coqueluche e tétano, que protege tanto a mãe quanto o bebê.

A população brasileira é privilegiada com relação à percepção da importância da imunização, porém falta uma conscientização de campanhas vacinais a respeito da vacina em adultos, pois a impressão que as pessoas têm é de que a vacina é coisa de criança. Segundo o Ministério da Saúde, os adultos também precisam manter em dia a caderneta de vacinas. O órgão de saúde diz que, a partir dos 20 anos, vacinas contra doenças como hepatite B, dupla adulto (difteria e tétano), tríplice viral (sarampo, caxumba, rubéola) e febre amarela devem ser tomadas.

Conforme dados do Programa Nacional de Imunização, os idosos cada vez mais frequentam as campanhas e mantém seu calendário vacinal em dia, já o público deadultos jovens, principalmente os homens, comparecem menos aos chamados para a vacinação.

É importante também que os profissionais de saúde orientem as grávidas que existem vacinas recomendadas para a gestante e outras que podem ser utilizadas a depender do risco individual. As recomendadas são vacinas inativadas – hepatite B, tríplice bacteriana acelular do adulto (difteria, tétano e coqueluche) e influenza. Essas vacinas visam proteger a gestante de doenças que são mais graves na gestação como a influenza, e o bebê, nos casos da hepatite B, tétano e coqueluche.

Devemos, enquanto profissionais de saúde, divulgar e orientar os adultos sobre a importância de manter seu calendário vacinal em dia, pois na fase adulta também ocorre à transmissão de várias doenças que poderão ser preveníveis por vacinas indicadas para essa faixa etária.