Homenagens ao Comitê de Combate e Prevenção à Tortura em noite de sessão especial da Campanha da Fraternidade

 

A Assembleia Legislativa, atendendo a uma proposição do deputado Padre Pedro Baldissera (PT) e da Regional Sul 4 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), promoveu na noite de segunda-feira (5/3) uma sessão especial para destacar a Campanha da Fraternidade de 2018.A mobilização é uma tradição da Igreja Católica e desde 1964 marca o início do período de quaresma no Brasil. Na edição deste ano o tema escolhido foi “Fraternidade e Superação da Violência” e um dos movimentos homenageados da noite foi o Pró Comitê de Combate e Prevenção à Tortura, do qual faz parte a conselheira do Coren/SC, Míssia Mesquita Páscoa, representando a instituição. Ela e a presidente do Conselho Regional de Psicologia, Jaira Rodrigues, receberam o certificado em nome do Comitê. (foto)

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O evento contou com a presença de lideranças políticas, eclesiásticas, representantes de poderes, órgãos públicos e entidades sociais. Da tribuna, Baldissera afirmou que o Brasil, que conta com uma população equivalente a 3% da população mundial, é responsável por 13% dos assassinatos cometidos em nível mundial, sendo a maioria deles contra jovens, negros e pobres. O país, disse, também é um dos que mais fere e mata mulheres, com um histórico de agressões a povos originários e, mais recentemente, contra refugiados. Diante deste cenário, ele considerou acertada a decisão da Igreja em colocar a questão em evidência.

O padre Almir José Ramos, que coordena no estado a Pastoral Carcerária do Regional Sul 4, defendeu a derrubada de algumas ideias atualmente massificadas nos meios policiais, como associar a violência às favelas e os presídios, espaços, que segundo ele, são mais caracterizados pela discriminação e exclusão, perpetrados pela própria sociedade. Além de mais investimentos públicos em saúde, educação e infraestrutura, como formas de combater a exclusão, Ramos pediu mudanças no próprio comportamento social do brasileiro. “Destaca-se aqui, portanto, a importância do enfrentamento não só das violências diretas, mas das violências estruturais e culturais, em busca de uma paz positiva e sustentável.”

Já Dom João Francisco Salm, bispo da Diocese de Tubarão e presidente da CNBB Regional Sul 4, afirmou que a violência é um flagelo que atinge a todos e o seu combate exige uma união de esforços.

Ao final da sessão, o 1º vice-presidente da Alesc, deputado Silvio Dreveck (PP), afirmou que os parlamentares reconhecem a importância da campanha, sobretudo para a conscientização da sociedade, motivo que suscitou a realização da solenidade.

Homenageados
Ainda durante a sessão, foram entregues placas e certificados às pessoas e instituições que contribuíram para o fortalecimento dos ideais associados à Campanha da Fraternidade.

  • Dom João Francisco Salm, bispo da Diocese de Tubarão e presidente da CNBB Regional Sul 4;
  • Dom Wilson Tadeu Jönck, arcebispo da Arquidiocese de Florianópolis;
  • Dom Francisco Carlos Bach, bispo da Diocese de Joinville;
  • Dom Severino Clasen, bispo da Diocese de Caçador;
  • Dom Odelir José Magri, bispo da Diocese de Chapecó;
  • Dom Rafael Biernaski, bispo da Diocese de Blumenau;
  • Dom Mário Marquez, bispo da Diocese de Joaçaba;
  • Dom Nelson Westrupp, administrador apostólico da Diocese de Lages;
  • Dom Onécimo Alberton, bispo da Diocese de Rio do Sul;
  • Dom Jacinto Inácio Flach, bispo da Diocese de Criciúma;
  • Rede Marista Marista de Solidariedade;
  • Pastoral Carcerária da Regional Sul 4;
  • Rede de Desenvolvimento Comunitário Casa de Gente;
  • Associação Vida Nueva;
  • Movimento Nacional de Direitos Humanos-SC;
  • Pastoral da Juventude da Regional Sul 4;
  • Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura Familiar (Fetraf-SC);
  • Pastoral do Migrante da Arquidiocese de Florianópolis;
  • Instituto Catarinense de Juventude;
  • Marcha Mundial de Mulheres;
  • Cooperativa Comunicacional Sul – Desacato;
  • Pró Comitê de Combate e Prevenção à Tortura;
  • União de Negros pela Igualdade (Unegro);
  • Comissão Indígena Guarani Nhemonguethá;
  • Instituto Vilson Groh;
  • Central de Penas e Medidas Alternativas;
  • Irmãs da Fraternidade e Esperança de Santa Catarina;
  • Instituto Arco Íris;
  • Fazenda da Esperança Santa Paulina;
  • Associação Catarinense de Conselheiros Titulares (ACCT)

 

 

Com informações da Agência AL