1 de maio: confira o exemplo de valorosas profissionais de Enfermagem diante de desafios

Nesta sexta-feira, 1 de maio, celebra-se o Dia Internacional dos Trabalhadores e o Coren/SC relembra a história de algumas profissionais de Enfermagem que já atuaram em momentos críticos de saúde pública e também as que inovaram diante de desafios.

As tão reconhecidas Florence Nightingale, que este ano é relembrada pelo seu bicentenário, e a brasileira Anna Nery, somam-se a outras que se destacaram na Enfermagem mundial pela dedicação, busca de novidades e soluções em prol do cuidado com qualidade aos pacientes. Aqui temos alguns destes exemplos:

A pandemia de gripe espanhola do início do século 20 teve no Rio de Janeiro  a participação de uma enfermeira, Edith Fraenkel. Na época da gripe, em 1918, Edith ainda não era enfermeira, mas visitadora sanitária. Ela ingressou nesta atividade aos 29 anos e após concluir um curso de socorrista voluntária — que, se inicialmente preparava mulheres para lidar com feridos da Primeira Guerra (1914-1918), com o alastramento da pandemia no Rio de Janeiro deu a elas subsídios para combater a gripe. “O certo é o que trabalho delas se estendeu para além das linhas de confronto, pois durante a gripe espanhola elas intensificaram seus esforços nos diversos hospitais, domicílios e postos de socorro, atendendo aos necessitados”, informa o livro “Histórias da Enfermagem: Versões e Interpretações”, desenvolvido a partir de dissertações da UNIRIO (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro). A obra acrescenta que essa mobilização feminina foi essencial para desenvolver a educação sanitária junto à população e o elo entre famílias e serviços de saúde. Quanto à Edith, pelo seu trabalho e dedicação integral junto à sociedade durante a pandemia, recebeu o título de “sócia remida da Cruz Vermelha Brasileira”.

Leia a íntegra da matéria, publicada no Uol.

Em outro momento importante, também no início dos anos 1900, a enfermeira australiana, foi uma das pioneiras no tratamento da poliomielite, também conhecida como Sister Kenny. Seu sistema de tratamento de polomielitis causou grande polêmica. Este método baseou-se na reabilitação dos órgãos afetados, ao invés do que vinha sendo praticado até então. Os resultados, altamente animadores, obtidos nos primeiros casos de paralisia infantil, levaram miss Kenny a aplicar o método a outros casos, generalizando-o cada vez mais.

Na década de 1950, a enfermeira de maternidade Jean Ward estava convencida de que o ar fresco e a luz solar ajudavam os bebês com icterícia a melhorar. Ele chegou a essa conclusão após ver que os bebês colocados perto da janela melhoravam significativamente. Isso levou ao uso da fototerapia como tratamento para a icterícia neonatal.

Se o seu coração parar, o desfibrilador pode salvar sua vida. Mas quem idealizou os carrinhos de emergência para levá-lo aos pacientes? Foi a enfermeira Anita Dorr. Ela teve essa ideia em 1968, após observar que os médicos perdiam tempo precioso ao transportar os pacientes até os desfibriladores. Os carrinhos de emergência não só incluem o desfibrilador, mas também muitas outras ferramentas e medicamentos.