Instituto Butantan pede registro para uso emergencial da vacina CoronaVac e SC apresenta Plano Estadual de Vacinação

O Instituto Butantan anunciou na última quinta-feira, 7 de janeiro, o pedido para registro emergencial da vacina Coronavac. Segundo o instituto, os resultados da fase 3 dos testes mostraram eficácia de 78% contra a covid-19 e de 100% na prevenção de casos graves e moderados de doença.

Após formalização do pedido, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem o prazo de 10 dias para decidir sobre autorização. O uso emergencial permite que a vacina seja administrada em grupos específicos, como parte de um programa institucional de governo.

Na semana que vem, uma reunião com o Instituto Butantan deve confirmar a data da compra de, pelo menos, 500 mil doses do imunizante para as cidades catarinenses pela Federação Catarinense de Municípios (Fecam).  Em dezembro, o órgão assinou, em São Paulo, um protocolo que reserva estas doses para os municípios de Santa Catarina.
Depois de atestada a eficácia no dia 7, a Fecam pretende continuar as negociações com o Insituto Butantan para comprar mais doses da vacina produzida em parceria com o laboratório chinês Sinovac Biotech.  Caso seja confirmada a aprovação da Anvisa, os municípios e consórcios intermunicipais de saúde de cada região poderão fazer a compra direta das doses com o Instituto Butantan.
O secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, afirmou nesta sexta-feira, 8 de janeiro, que Santa Catarina está pronta para iniciar a vacinação contra a Covid-19 assim que receber as primeiras doses do Ministério da Saúde. Segundo o secretário, toda a parte logística já está preparada para fazer a distribuição aos municípios, que serão os responsáveis pela aplicação das doses na população. Ele considerou positiva a notícia da formalização do contrato entre o Ministério e o Butantan para o fornecimento da Coronovac, anunciado na quinta-feira. Se o calendário de descentralização das vacinas proposto pelo Ministério for cumprido, o início da imunização em Santa Catarina deve ocorrer entre o fim de janeiro e o começo de fevereiro.

O secretário da Saúde destacou ainda que o Plano Estadual de Vacinação prevê a imunização, em um primeiro momento, de quatro grupos prioritários. Na primeira fase, serão vacinados profissionais da saúde, idosos acima de 75 anos, pessoas de 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência e a população indígena. A segunda fase vacinará aqueles com idade entre 60 e 74 anos.

Na terceira fase, a imunização ocorrerá no grupo que apresenta alguma comorbidade (diabetes, doença renal, doença respiratória crônica, câncer, hipertensão, doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, indivíduos que receberam transplante de órgãos, anemia falciforme e obesidade grave). Por fim, na quarta fase, serão professores, profissionais da segurança pública, do sistema prisional e de salvamento. Somados, todos esses grupos representam 2,8 milhões de pessoas.

Acesse aqui os principais pontos do Plano Estadual.

A vacinação do restante da população ocorrerá depois da imunização dos grupos prioritários. Segundo o secretário, é provável que a vacinação ocorra ao longo de todo o ano de 2021. Por conta disso, ele reforçou a necessidade de que as pessoas sigam as regras sanitárias, com o uso de máscaras, o distanciamento social e higienização frequente das mãos.

Com informações da Ascom/Cofen, SES/SC e NSC Total