Boas práticas: Enfermeira relata como áudios e músicas de familiares podem auxiliar na recuperação da Covid-19

Coluna de Vanessa Cruz para o SCC

A enfermeira do Hospital Tereza Ramos, em Lages, e professora na Uniplac, Vanessa Cruz, é especialista em Urgência e Emergência e contribui também com informações como colunista para o Portal de Notícias de Santa Catarina, SCC, onde escreveu ontem, dia 12 de julho,  sobre como os áudios e as músicas enviadas pela família podem auxiliar no tratamento de pacientes entubados por Covid-19.

Além de explicar o que é uma intubação e como ainda existem muitas dúvidas sobre o que ocorre com o paciente nessa situação, a enfermeira esclarece que já existem comprovações científicas que relatam que a música ou gravações enviadas pela família aceleram na recuperação do nível de consciência do paciente e que, mesmo sedados, eles podem produzir respostas fisiológicas, como alterações na respiração e expressões faciais.

Essa interação pode auxiliar na abordagem cognitiva do paciente, como nas intervenções direcionadas à orientação de tempo e espaço, ambientação, atenção, senso de percepção e estimulação do nível de consciência.  As notícias da sua cidade ou a música auxilia informar o paciente quando está saindo do estado do coma a se localizar sobre o dia da semana e do mês, a hora ou período do dia e o local em que está, assim ajuda também a diminuir a confusão mental provocada pela sedação. Na abordagem afetiva os estímulos realizados pelos familiares e pessoas próximas,  em uma visita por exemplo, podem despertar reações emocionais. O ato de conversar com o paciente, muitas vezes , provoca alteração nos sinais vitais como: o aumento da frequência cardíaca, o aumento da frequência respiratória e rubor da face.

Mesmo com o avanço da medicina até hoje, ainda não se tem uma resposta precisa do que ocorre na mente dos pacientes entubados em uma UTI. Sabe-se que a audição parece ser o último sentido que é perdido, e tal afirmação pode ser sustentada através dos relatos de pessoas que retornaram desse estado. Temos pacientes que após o despertar relataram que escutaram os médicos e a equipe de enfermagem conversando com ele usando palavras encorajadoras ou aqueles que escutaram músicas animadas e alguns  falaram com muita convicção quais as músicas escutaram e quais os assuntos foram abordados pelos profissionais. Por isso, é extremamente importante o ambiente sonoro em que o paciente está inserido, bem como as conversas paralelas ao lado do leito.

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Com informações do Portal www.scc10.com.br