Amizade ajudou técnicas a enfrentarem plantões difíceis na pandemia

As duas trabalharam juntas por dois meses nos plantões durante a pandemia.

Um amigo faz toda a diferença no nosso dia a dia. Na pandemia então, isso se tornou ainda mais importante. Em tempos de isolamento, solidão e perdas, ‘quem tem um amigo tem tudo’, já dizia o velho ditado.

Neste mês de julho, no dia 20, é celebrado o ‘Dia do Amigo’ e as técnicas de Enfermagem Gezicleia Barbosa e Apatrícia Escobar aproveitaram a data para reforçar a importância da amizade delas, que se fortaleceu ainda mais neste momento tão difícil.

Por coincidência ou não, há quase três anos o primeiro encontro aconteceu no Pronto Atendimento Adulto do Hospital Unimed Campo Grande. A afinidade entre elas foi imediata e ambas passaram a dividir os plantões, muitos de 12 horas seguidas. Com o grande fluxo de pacientes, as duas procuravam ajudar uma a outra para tornar o expediente mais leve e agradável. Com o tempo, muitos profissionais entraram e saíram da cooperativa médica, mas elas permaneceram ali, firmes e, por isso, também se aproximaram cada vez mais.

Cleia e Paty, apelidos carinhosos pela qual elas se chamam, deixam claro que a admiração é um sentimento recíproco entre as duas. “Nossa amizade foi além das portas da Unimed CG. A Cleia é uma pessoa que dá prazer estar perto. Ela é sempre muito clara e direta no que precisa dizer, mas também está sempre disposta a ajudar a todos. É realmente uma pessoa muito humana”, relata Apatrícia.

“Fomos nos identificando por conta de sermos muito parecidas. A Paty é muito humana, uma mulher íntegra e com princípios, tem sempre conselhos que edificam a minha vida e que me fazem refletir. A gente está sempre se apoiando. Quando uma cai a outra levanta e assim a nossa amizade só se fortaleceu cada dia mais”, reforça Gezicleia.

Entre uma saída e outra para um café ou para fazer compras, seus maridos se conheceram e se deram tão bem que também criaram um vínculo de amizade. Neste período de pandemia, as duas trabalharam juntas por dois meses nos plantões do Pronto Atendimento de Síndrome Respiratória, onde são atendidos pacientes com Covid-19. Foi ali que Gezicleia diz ter recebido a amizade de Apatrícia como um presente de Deus. “Foram dias bem complexos, difíceis, e a Paty foi de extrema importância para me manter em equilíbrio. Choramos juntas, passamos por dias de muita exaustão, mas não deixamos nos abater”, relembra.

Com os pais morando fora de Campo Grande, os de Gezicleia em São Paulo e os de Apatrícia em Camapuã (MS), a preocupação com a saúde deles em relação ao coronavírus era ainda muito presente na rotina delas e, mais uma vez, a amizade das duas foi a força que precisavam para superar mais essa dificuldade. Hoje, as duas famílias são muito próximas e apesar do momento exigir distanciamento social e outros cuidados essenciais até que a pandemia da Covid-19 termine, as amigas seguem unidas no trabalho e fora do hospital estão sempre “juntas” por meio de mensagens.

“A gente se fala todos os dias, sempre dando conselhos, trocando receitas, dicas de músicas, contando as novidades, orando uma pela outra. Hoje, a Cleia é minha melhor amiga e uma irmã que a vida me presenteou. Eu agradeço a Deus por tê-la na minha vida”, fala Apatrícia. “Essa amizade representa muito para mim, tenho certeza que é para a vida toda. Eu costumo dizer que têm pessoas que a gente conhece e outras Deus nos apresenta e eu não tenho dúvida que a amizade da Paty foi um presente de Deus. Eu a amo como se fosse minha irmã”, conclui Gezicleia.

Fonte: Topmídia News