Enfermagem catarinense participa de mobilização nacional pelo Piso Salarial

Enfermagem de Lages se reúne e pede pelo Piso Salarial no contracheque

A terça-feira (14) foi marcada pela mobilização nacional pelo Piso Salarial da Enfermagem. Em Santa Catarina, os profissionais fizeram valer sua força e foram às ruas reivindicar que o Piso Salarial, que está garantindo Lei nº 14.434/2022, finalmente chegue nos contracheques. As mobilizações aconteceram em diversas cidades como Blumenau, Palhoça, Lages, Passos Maia e Tunápolis.

Em Florianópolis, onde estava programado para acontecer um dos maiores atos, a mobilização precisou ser suspensa por conta do aviso de tempestade emitido pela Defesa Civil. Ainda assim, profissionais de Enfermagem e representantes de entidades que já estavam reunidos em frente à Catedral Metropolitana estenderam faixas reivindicando o piso e combinaram novas estratégias de articulação.

“Infelizmente a chuva não colaborou, mas mostramos que a Enfermagem tem voz e que não vamos parar até conseguirmos o piso salarial no contracheque. Se até 10 de março a situação não estiver resolvida, voltaremos às ruas para cobrar respeito e dignidade. Não é nada absurdo, apenas queremos que a Lei do Piso Salarial seja cumprida!”, destacou o presidente do Coren-SC, Gelson Albuquerque.

Em Blumenau, Enfermagem se reuniu em frente ao prédio da Prefeitura Municipal

Além de Santa Catarina, a Enfermagem se reuniu também em Brasília, onde o ato concentrou dezenas de profissionais diante do Ministério da Saúde, na Esplanada dos Ministérios. Também houve mobilização registrada no Rio de Janeiro, Recife, Salvador, Natal e Porto Alegre. Delegações de diversos estados mandaram representantes, deputados prestigiaram o ato e lideranças da categoria discursaram sobre o carro de som.

Reunião no Ministério

Integrantes das diversas entidades que compõem o Fórum Nacional da Enfermagem foram recebidas no gabinete da Ministra Nísia Trindade para tratar do Piso junto à sua equipe. Durante o encontro, ficou claro que, passado cerca de um mês dos trâmites da medida provisória da Enfermagem na pasta, a discussão sobre estruturação dos pagamentos se encontra em outro patamar e trata de questões meramente operacionais.

Antes um assunto limitado ao Ministério da Saúde, hoje o grupo de trabalho que define os parâmetros da engenharia de pagamentos conta com integrantes do Ministério da Fazenda, Ministério do Planejamento, Ministério da Economia, Casa Civil e Advocacia Geral da União, ou seja, a fase final de elaboração da medida provisória.

Como em todos os encontros com a categoria, a Ministra Nísia Trindade reforçou o compromisso com uma solução rápida para o impasse. “A gente quer resolver, esse é o espírito“, declarou. Gilney Guerra mais uma vez esteve presente na reunião, que teve também a presença de parlamentares que integram a luta pela implementação do piso como Mauro Benevides (PDT/CE), Jandira Feghali (PCdoB/RJ) e Célio Studart (PSD/CE).

Nas redes sociais, a presidente do Cofen, Betânia Santos, fez um apelo pela continuidade da mobilização da categoria. “Vamos continuar mobilizados e pressionando os integrantes dos três poderes para que essa medida provisória seja logo aprovada”, disse.

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