Repasse de R$7,3 bi é sancionado, e Enfermagem luta por derrubada de liminar do STF para ter Piso Salarial

Piso vale para trabalhadores dos setores público, privado, militar e filantrópico

Lei 14.581/23 assegura repasses de R$ 7,3 bi para pagamento do piso. O Cofen aguarda que o STF revogue a liminar que ainda impede a efetivação do pagamento

Em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), na madrugada desta sexta-feira (12/5), Dia Internacional da Enfermagem, o presidente da república Luís Inácio Lula da Silva sancionou a Lei 14.581/23 (PLN5), que regulamenta o repasse de recursos para o pagamento do piso nacional da Enfermagem em todo o território nacional.

A Lei 14.581/23 abre crédito especial de R$ 7,3 bilhões no orçamento do Fundo Nacional de Saúde para garantir o pagamento do piso, que será de R$ 4.750 para enfermeiras e enfermeiros, R$ 3.325 para técnicos e R$ 2.375, para auxiliares e parteiras.

“Claro que é uma vitória importante, mas ainda não é o último passo. Agora a luta e os olhos se voltam para o STF, que deve derrubar imediatamente a liminar que barra o pagamento do Piso Salarial em todo o Brasil. Não há mais motivo. Já temos leis, já temos financiamento. Hora da Enfermagem receber o seu devido salário em contracheque”, comentou Maristela Azevedo, presidente do Coren-SC.

STF deve revogar liminar que suspende o pagamento

O piso vale para trabalhadores dos setores público, privado, militar e filantrópico. O levantamento mais recente do Conselho Federal de Enfermagem aponta que, atualmente, há mais de 2,8 milhões de profissionais do setor no país, entre 693,4 mil enfermeiros, 450 mil auxiliares de Enfermagem e 1,66 milhão de técnicos de Enfermagem.

“Depois de tanta luta e perseverança, hoje é dia de comemorar essa conquista histórica, que vai beneficiar principalmente quem mais precisa. A Enfermagem nunca mais será a mesma, daqui em diante vamos continuar lutando por mais, até que a profissão alcance o lugar que merece. Vamos batalhar pela implantação desse piso e assegurar dignidade à categoria em todos os sentidos do exercício profissional”, registra a presidente do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) Betânia Santos.

Em relação às parteiras, estimativas do Ministério da Saúde indicam que existem cerca de 60 mil em todo o Brasil, contribuindo para 450 mil partos por ano. Dessa forma, as parteiras são responsáveis por cerca de 20% dos nascimentos na área rural, percentual que chega ao dobro nas regiões norte e nordeste.

Enfim, para que o piso entre no contracheque da categoria, é necessário que o Supremo Tribunal Federal (STF) revogue a liminar que ainda impede a efetivação do pagamento. Já existe sinalização nesse sentido.

Fonte: Ascom – Cofen