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Coren/SC expõe fragilidades da terceirização da gestão dos hospitais e SAMU em Santa Catarina


27.02.2018

 

A presidente do Conselho Regional de Enfermagem de Santa Catarina (Coren/SC), enfermeira Helga Regina Bresciani, divulga a preocupação dos profissionais com a gestão terceirizada que o Estado implantou em hospitais públicos e no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). O modelo só trouxe prejuízos no atendimento à população e ainda tem causado insegurança às equipes de saúde.

LEIA NA ÍNTEGRA:

“Todos nós sabemos, mas é preciso repetir: entre os direitos fundamentais previstos na Constituição Federal de 1988, o direito à saúde está presente e deve ser cumprido pelo Estado à sociedade brasileira. A criação do Sistema Único de Saúde (SUS) foi um marco histórico, pois antes os serviços e ações de saúde eram destinados apenas àqueles que poderiam contribuir, ficando sem atendimento as pessoas que não recolhiam para a Previdência Social. A saúde é um direito de cidadania e um bem público e todo esforço individual ou coletivo no sentido de conquistá-la ou mantê-la deve ser considerado um exercício de cidadania, que a população requer, incluindo aí toda a rede de Atenção.

No entanto, o que vemos nos últimos anos tem sido uma constante ameaça ao SUS. O Estado está deixando de ser o gestor e terceirizando a administração das unidades de saúde via Organizações Sociais (OS). Em Santa Catarina temos exemplos ruins desse novo modelo. Basta ver o que ocorreu no Hospital de Araranguá e Hospital Florianópolis, com o atraso nos pagamentos dos servidores, e, agora, com a mudança de empresa na gestão dos hospitais e a insegurança gerada tanto no atendimento aos pacientes quanto à situação da contratação dos profissionais. Tudo isso tem gerado problemas à população com atendimento descontínuo.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) é outro exemplo, com descaso aos profissionais que foram demitidos por uma OS e depois admitidos pela nova empresa com demora e prejuízos ao histórico dos profissionais, pois havia proposta de contratação como pessoa jurídica (PJ), situação não aceita pela categoria e de extrema fragilidade.

O Conselho Regional de Enfermagem de Santa Catarina (Coren/SC) defende saúde pública de qualidade, que deve ter em seus quadros servidores públicos habilitados, condições de trabalho dignas e remuneração justa e compatível com a complexidade dos serviços prestados. Mas o que os profissionais de Enfermagem vêm sentindo é o desmonte das estruturas e a precariedade das relações de trabalho. No atendimento pré-hospitalar estão induzindo os profissionais a aceitarem relações de trabalho que expõem os profissionais de saúde a riscos pessoais e profissionais prejudicando a população que deve ser atendida. O profissional não pode pagar a conta da má gestão do Estado.”

Helga Regina Bresciani, presidente do Coren/SC

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