Semana de Enfermagem do Coren/SC em Criciúma reuniu profissionais e estudantes para um dia produtivo

Na quarta-feira, 16 de maio, foi a vez de Criciúma receber a sexta edição do Encontro de Responsáveis Técnicos da Semana de Enfermagem 2018 promovida pelo Coren/SC com apoio do Cofen. Cerca de cem profissionais e estudantes participaram do evento realizado no campus da Unesc. Foram ministradas palestras e oficinas sob o tema “Enfermagem: Uma voz para liderar – A saúde é um direito humano”. O primeiro evento já ocorreu em Chapecó, dia 3 de maio, assim como em Florianópolis (8/5) e Lages (10/5). Outras três cidades também terão o Encontro.

A abertura foi realizada pela presidente do Coren/SC, Helga Regina Bresciani, junto com a presidente da Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn/SC), Mágada Tessmann, e a conselheira Ioná Vieira Bez Birolo, que é coordenador do curso de Enfermagem na Unesc.   Estavam também os palestrantes do dia, Maristela Azevedo, professora da Estácio de Sá, o enfermeiro fiscal Daniel Matias Ghizoni, e as enfermeiras fiscais da subseção de Criciúma, Daiane Leandro Freitas e Edna Silva Camilo de Souza.

Na oportunidade, a presidente do Coren/SC falou da Decisão Coren/SC 007/2018 que estabelece uma campanha em prol do Salário Ético mínimo necessário para a categoria junto com as demais entidades representativas da Enfermagem (ABEn/SC, Fetessesc, SindSaúde/SC e Sindicato dos Enfermeiros). Foi distribuído um material com esclarecimentos a respeito do tema e destacado que o Coren/SC apenas sugere uma referência salarial para garantir o mínimo de qualidade no pagamento dos trabalhadores, mas as negociações continuam sendo feitas pelos sindicatos, assim como continua tramitando o PL do Piso Salarial na Câmara dos Deputados. (Leia mais AQUI)

Palestras – A primeira palestra do dia foi sobre o tema da Semana e a presidente do Coren/SC ressaltou o papel de líder que as(os) enfermeiras(os) exercem ao assumir a coordenação das equipes. Ela falou de confiança, segurança e características fundamentais que uma liderança precisa ter, como facilidade para detectar e antecipar conflitos, além de prever e influenciar as mudanças. “Junto com todas as atribuições do cotidiano, é preciso também organizar e planejar as condições adequadas de trabalho, assim como batalhar por padrões éticos e promover a qualificação para um desempenho profissional seguro da Enfermagem”, disse Helga. Como em todos os eventos, ela lembrou que a qualidade da atenção à saúde depende diretamente da qualidade das ações desenvolvidas pela Enfermagem.

No final da manhã, os participantes foram divididos em dois grupos, sendo que as(os) enfermeiras(os) Responsáveis Técnicos (RTs) foram convidadas a participar de uma exposição dialogada com a presidente do Conselho sobre os desafios da função. Numa apresentação seguida de debate, foram apontados desde problemas burocráticos até a importância de planejar e executar os processos dentro das instituições. Os outros participantes ficaram no auditório para uma palestra com o enfermeiro fiscal Daniel Ghizoni sobre o Novo Código de Ética, homologado no início de abril pelo Cofen. Ao mostrar as principais mudanças, Daniel destacou que as alterações exigem mais atenção do profissional, que não pode mais se omitir diante de alguns fatos. Da mesma forma que houve também alterações para dar mais respaldo aos profissionais em muitas ocorrências, portanto permite mais segurança nas atividades.

Oficinas – Durante a tarde, foram oferecidas três oficinas com temas diferentes. Metade dos presentes ficou na Oficina de Dimensionamento, ministrado pelas enfermeiras fiscais Daiane Leandro Freitas e Edna Silva Camilo de Souza. Os presentes puderam esclarecer dúvidas sobre a Resolução 543/2017 do Cofen que determina os números ideais de profissionais nas equipes de saúde. Os cálculos de dimensionamento foram explicados pelas fiscais, já que depende do tipo de instituição e da complexidade do serviço realizado. No final elas formularam atividades práticas com equipes de três ou quatro profissionais.

Outra Oficina oferecida em paralelo foi sobre o cuidado nas Instituições de Longa Permanência do Idoso (ILPI). A professora Maristela Azevedo e a

 presidente Helga Bresciani trouxeram as novidades da legislação sobre o tema e realizaram dinâmicas com os profissionais e estudantes interessados. Foi mostrado um simulador  de envelhecimento, que são como peças de roupa para dar a sensação de peso nas pernas e nas costas, além de um equipamento que afeta a visão. Ao vestir, a pessoa pode sentir como um idoso se desloca e quais suas dificuldades. Em seguida, todos foram organizados em grupos para debater textos sobre o cuidado nas ILPIs e pensar na realidade desta área.  No final, montaram com tarjetas um mapa conceitual com o cenário atual e os obstáculos para quem atua nesta área.

O enfermeiro Fiscal Daniel ficou com o terceiro grupo para debater o Código de Ética e realizar estudos de caso sobre possíveis ocorrências dentro das unidades de saúde. Em grupos, os participantes leram uma ocorrência, debateram e concluíram quais as melhores soluções à luz do Código e como minimizar os conflitos ou erros gerados. Todos puderam tirar dúvidas, expor casos reais e receber esclarecimentos sobre os novos artigos.