Oficina de Pop e Protocolo ensina passo a passo para implantação dessas ferramentas nas instituições de saúde

Desde conceitos e finalidades sobre Procedimento Operacional Padrão (POP) e sobre Protocolo, diferenças entre eles até exercícios para a elaboração dessas ferramentas nas instituições de saúde. A Oficina de POP e Protocolo, realizada nesta terça-feira (22 de outubro), em Florianópolis, explicou aos profissionais de Enfermagem participantes o passo a passo para implantá-los.

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Desenvolvida em conjunto pelo Conselho Regional de Enfermagem de Santa Catarina e pela Associação Brasileira de Enfermagem – Seção Santa Catarina (ABEn-SC) com apoio do Senac, a Oficina contou com duas palestrantes: Enfermeira Dra. Maria Lígia dos Reis Bellaguarda (futura Presidente da ABEn-SC) e Enfermeira Msc. Tânia Soares Rebello (Coordenadora da Comissão de Ética do Coren/SC). Maria Lígia se concentrou nas explicações sobre Protocolo e Tânia Soares Rebello na questão dos POPs. No período da tarde, trabalharam em conjunto para que os participantes se familiarizassem com POP e Protocolo na prática profissional.

Para a Presidente do Coren/SC, Enfermeira Dra. Felipa Amadigi, e para o Diretor de Educação do Senac, Ivan Ecco, os investimentos em capacitação profissional fazem a diferença na qualidade do atendimento prestado à população. “Mais uma vez as equipes do Conselho Regional de Enfermagem de Santa Catarina e da Associação Brasileira de Enfermagem – Seção Santa Catarina (ABEn-SC) se uniram com apoio do Senac para qualificação dos trabalhadores de Enfermagem para as nossas práticas. Vamos fazer a diferença para a sociedade, que é sujeita do nosso cuidado”, observou a Presidente do Coren/SC. “Sem processos bem definidos não temos qualidade. Precisamos praticar de forma correta para alcançarmos a excelência”, destacou o Diretor de Educação do Senac/SC.

Sobre o Protocolo
Maria Lígia enfatizou que o Protocolo tem a finalidade de fornecer ao profissional de Enfermagem a instrumentalização necessária para a atuação profissional com segurança, autonomia e compromisso ético. “O Protocolo é essencial para o gerenciamento do cuidado, que envolve: tomada de decisões, etapas processuais em saúde, contribuindo para a legitimidade, autonomia profissional e segurança na assistência a ser prestada. É uma ferramenta da prática em saúde que deve ser flexível e atualizada”.

E quem deve elaborar o Protocolo? Maria Lígia ressaltou que os Protocolos para a área da saúde devem ser elaborados por equipe multidisciplinar; e quando se tratar de áreas específicas, devem ser desenvolvidos por equipe de profissionais da área. “Lembrando que os Protocolos devem ser elaborados sob a ótica da intervenção multiprofissional, legitimando a inserção de todos os profissionais, conforme preconiza o Ministério da Saúde”, ressaltou.
Na Oficina, a palestrante também descreveu a estrutura de um protocolo, detalhando os elementos necessários para a elaboração.

Confira a apresentação da palestrante Maria Lígia dos Reis Bellaguarda sobre Protocolo e o passo a passo para implantá-lo.

Sobre POP
Já o POP, a Enfermeira Msc. Tânia Soares Rebello esclareceu que consiste na padronização de tarefas dentro da instituição. “O POP é um documento que contém todos os passos para a realização de uma atividade. Antigamente, falávamos em normas e rotinas, ou seja, é um roteiro padronizado de cada atividade que é realizada na instituição”, observou.

Tânia contou que o POP contém as etapas das tarefas, os responsáveis pela realização de cada etapa, materiais necessários e a frequência que deve ser realizada. “Os POPs garantem a padronização na execução dos procedimentos, facilitando o monitoramento e as ações educativas; minimizam a ocorrência de desvios na execução de tarefas”, detalhou.

A elaboração do POP deve ter a colaboração de pessoas que executam os procedimentos.

Confira como elaborar um POP na apresentação de Tânia Soares Rebello.

Considerações sobre POP e Protocolo
Apesar das diferenças entre POP e Protocolo, há recomendações das palestrantes que são úteis para ambos:
• Os dois fazem parte do processo de Enfermagem;
• Devem ser atualizados regularmente;
• POP e Protocolos são feitos para serem utilizados no cotidiano. Devem estar disponíveis em local acessível. Não é para ficar na gaveta;
• Sensibilizar equipes para utilizá-los;
• Precisam ser aprovados pela gestão do serviço e da instituição. Mudanças e adequações também devem passar pelos trâmites de aprovação. Da mesma forma, ocorre com a suspensão;
• Devem apresentar linguagem clara e objetiva.